quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Artilharia Anti-Abutre: em defesa do Corinthians


Ao tratar do Corinthians, a imprensa, de um modo geral, se empenha em tarefa árdua desde 1910. Busca, cotidianamente, diminuir o Todo-Poderoso usando preconceitos, falsas informações ou distorções da realidade, numa tentativa de reescrever a história para torná-la palatável aos anticorinthianos que garantem a outra metade de sua audiência. Num pensamento lógico, seria imprescindível que o Corinthians contasse com um Departamento de Comunicação sério e comprometido, que fizesse mais do que ciceronear abutres na sala de imprensa servindo café e bolachas. Infelizmente, todos nós da família corinthiana sabemos que não é isso o que acontece.

A quem acredita no axioma "não devemos dar atenção à imprensa", é preciso estabelecer, em primeiro lugar, algumas estratégias comunicacionais cujos objetivos são conseguir mais repercussão e, conseqüentemente, mais dinheiro com a exposição negativa do Time do Povo. Na internet, onde se concentra 90% das notícias disseminadas entre os torcedores, há o recurso da indexação de conteúdo nos mecanismos de busca. Hoje, um jovem torcedor que quer conhecer sobre o futebol vai ao Google e digita palavras-chave para saber sobre assunto específico. Aí é que entram os artifícios sujos dos jornalistas.

Notem que, invariavelmente, o Corinthians é associado a termos negativos, geralmente na manchete da notícia, tais como: assalto, ladrão, preso, detido, confusão, violência e/ou roubo. Na TV, são incontáveis as reportagens destacando suspeitos trajando a camisa do Corinthians e a própria PM, certa vez, fez simulações de crime com essa "gracinha" e teve de se retratar. Piadas, demonstrações do ranço contra tudo aquilo que tem raízes populares e omissões de fatos também fazem parte do cardápio.

Diante desse cenário, a Brigada Miguel Bataglia, cumprindo seu dever de fundação, se adianta ao papel que deveria ser do clube - e, quem sabe, até constando em Estatuto - lançando aqui a seção Artilharia Anti-Abutre, com a finalidade de responder prontamente a toda mentira ou trapaça publicada pelos principais meios de comunicação. Trata-se da defesa da instituição, que não pode ficar à mercê de aproveitadores que, pouco a pouco, vão inventando um mundo paralelo usando de maneira vil as brechas permitidas por esses recursos tecnológicos hoje determinantes na formação intelectual de boa parte da população.

Nessa estréia, denunciamos um truque famoso, geralmente utilizado naqueles períodos em que não se tem muito assunto (hoje o jornalismo é feito com a bunda na cadeira, por isso a escassez de pautas). Em reportagem sobre a transmissão do jogo de um time rival, o UOL Esportes destaca em sua manchete que "Galvão defende Ney Franco e aposta em piadas com goleiro ex-corintiano (sic) na volta a jogo 'regional'". Vejam, primeiramente, a escolha cirúrgica das palavras no título: piadas/corintiano/regional. Mera coincidência ou (ab)uso intencional? Analisemos, ainda, quem é o "ex-corintiano" em questão: o goleiro Jhonny Herrera, que passou pelo Corinthians em 2006 e disputou apenas 9 partidas oficiais. Qual seria o interesse jornalístico em dar ênfase, numa reportagem sobre uma partida que não a do Corinthians, a um atleta que entrou em campo com nossa camisa SOMENTE 9 VEZES?

Casos como esse se repetem à exaustão. O termo "ex-corintiano", além de grafado de maneira incorreta, é aquela carta na manga de qualquer editor para se conseguir muita visualização a um fato que talvez sequer tenha existido. Ou existiu independentemente do envolvido ser um corinthiano ou ex (aliás, não deve haver ex-corinthiano). E, na maioria das vezes, tratam-se de ocorrências policiais, apenas para satisfazer a infantil anedota de que todo corinthiano é ladrão.

Cara Fiel, o inimigo está exposto e será combatido duramente daqui para frente. Pelo Corinthians, com muito amor, até o fim.

* Esta seção também é homenagem ao grande trabalho feito por Antoninho de Almeida, principal responsável por manter viva a memória corinthiana.

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